Pra quem não sabe, Drew Stone foi vocalista da banda Antidote que era local de NY nos Estados Unidos. A banda teve seu EP Thou Shalt Not Kill re-lançado pela Bridge Nine Records em 2010 e anda fazendo alguns shows pelos EUA após muito tempo longe dos palcos. Nessa entrevista ele fala um pouco sobre o Antidote nos anos 80 e nos dias de hoje, o que ele fez durante seu tempo longe dos palcos e algumas coisas mais.
1 - Conte-nos como e quando você se envolveu com o Hardcore.
Eu cresci em Nova York na década de 1970 como parte do "Blank Generation". Nascido um pouco tarde para fazer parte de toda aquela coisa da década de 60, um pouco velho para fazer parte da geração MTV (Graças a Deus) e eu odiava aquela porra de "Disco". Em agosto de 1981, fui a Emerson College em Boston, Massachusetts a estudar interpretação. Logo depois da minha chegada, fui apresentado a um rapaz na cafeteria de Emerson, que tinha sua cabeça raspada. Naquele tempo as únicas pessoas que tinham as cabeças raspadas eram fuzileiros navais e psicopatas. Ele me disse que seu nome era "Choke" e ele fazia parte do Hardcore. Hardcore? Eu respondi: "O que quer dizer Hardcore? algo como The B52's, Joan Jett ou Blonde"? Eu não tenho a menor idéia de que porra ele estava tentando me dizer. Assim, depois de tentar explicar isso para mim por um tempo nós decidimos que o melhor jeito para eu entender a coisa toda era conferir a por mim mesmo. Então, alguns dias depois, fomos para o centro de Boston em um edifício comercial antigo chamado o Seminário de Mídia para um show matinê de domingo. Aquele foi um dos primeiros shows SS Decontrol e acabou por ser um ponto de partida na minha vida. Havia cerca de 30 pessoas lá e todos os participantes era da minha idade ou mais jovens. Não foram encontradas drogas ou álcool ao redor do lugar, o que era muito estranho para mim vindo de um ambiente muito diferente como o de Nova York. Eu me sentia muito conectado com o que estava acontecendo na sala e pulei direto no meio de todo mundo. Depois que a banda terminou de tocar o guitarrista Al "Lethal" Barile veio e se apresentou a mim e apresentou também os outros caras da banda. Ele estava muito interessado em saber quem eu era e de onde eu vim. Era uma cena muito pequena na época assim quando alguém novo aparecia eles recebiam com muito entusiasmo independentemente depois de dizer que eu fui "arrastado" para o início da crescente cena hardcore de Boston, que no mínimo foi um momento extremamente excitante.
2 - Você teve alguma banda antes do Antidote? Conte-nos sobre isso.
Eu sempre amei a música, mas antes de me envolver na cena hardcore a música sempre me pareceu muito inacessível. Em Boston no início dos anos 80 não havia internet ou telefone celular. O lugar onde todos nós íamos era o Newbury Comics na Newbury Street. Esse foi o centro do nosso universo naquela época. Você poderia simplesmente sair todos os dias e esperar que as pessoas apareciam. Eu vi um panfleto em Newbury Comics, que disse que alguns rapazes que estavam em hardcore estava procurando um baixista então eu liguei pra eles. Eu toquei com eles, mas eu realmente não era um bom baixista e acabei sendo o vocalista. Chamamos a banda The C.O's (Conscientious Objectors) que mais tarde se chamou The Mighty C.O's depois de um comentário de Al Barile. O primeiro show que tocamos foi em um salão do Emerson Collage com o The Freeze, Government Issue e Double O de DC. Tocamos na East Gallery algumas vezes depois disso com DYS, Jerry's Kids, o FU's e Gang Green e estávamos começando a fazer alguns progressos, quando eu fui dispensado da banda. Foi sempre um relacionamento bizarro, porque eu sempre fui um pouco estranho por ter vindo de Nova York, sendo o vocalista, que conhecia todo mundo na cena e tocando com um bando de crianças da zona rural de New Hampshire. O The Mighty C.O's nunca gravou nada comigo e eu só cheguei a fazer 5 músicas pelo que eu me lembro. Eles pensaram que poderiam fazer tudo melhor sem mim e como todos nós sabemos eles cresceram e agora são um nome familiar. Após o The Mighty C.O's acabar e eu ter perdido o interesse na escola eu tinha de ganhar a vida. Assim voltei a Nova Iorque para procurar trabalho na indústria cinematográfica. Após minha chegada em finais de 1983 imediatamente decidi montar uma banda de hardcore nova juntamente com alguns amigos do Bronx. Eu escrevi todas as músicas, passei para os caras e começamos a fazer shows. Algumas dessas canções tocamos até hoje com o Antidote como "Road Warrior", "Don't Look Back" e "If The Time Is Right, Were Ready To Fight". O primeiro show do The High & the Mighty que fizemos foi um Beneficente pro HR com o Cause for Alarm, Murphy's Law & Major Conflict. Depois que tocamos um pouco fomos para Boston, algumas vezes. Nós gravamos a demo do The High & The Mighty chamada Crunch On, que foi re-lançado alguns anos atrás, como parte do CD Antidote The High & Mighty o "A7 and Beyond".
No começo de 1984 tivemos um show em DC no Wilson Center, com Antidote e todos nós fomos na minha van. No caminho de volta para casa após o show do Antidote, o baterista Bliss e cantor Louie quase trocaram socos dentro da van. No momento em que chegamos de volta pra Nova York, ele estava fora da banda e agora o Antidote procurava por um novo vocalista. "Thou Shalt Not Kill" tinha acabado de sair, eu adorava a banda e eu conhecia bem o material. Eu estava bem próximo do Nunzio na época, então eu tive a chance de ser o novo vocalista e foi o que aconteceu.
3-Quando o Antidote foi formado? Conte um pouco sobre a banda no seu período de existência.
4 - Quais bandas influenciaram o Antidote?
The Beatles, The Clash, Bad Brains, Black Flag, Minor Threat, Black Sabbath, Negative Approach, The Ramones, The Sex Pistols. Éramos amigos de muitas das primeira leva de bandas de hardcore em NY e eles também nos influenciaram; Kraut, Reagan Youth, Cause For Alarm, Urban Waste, Murphy's Law e é claro o Agnostic Front.
5 - Quais eram os temas usados na hora de escrever as letras do Antidote?
Nunzio escreveu todas as letras para "Thou Shalt Not Kill", que eram tratados sobre o crescimento em um bairro multi-étnico no início dos anos 1980 durante os anos em que Ronald Reagan foi presidente. A vida em Nova Iorque, que é muito diversificada, foi uma grande influência sobre as letras também.
6 - O Antidote já foi uma banda vegetariana?
Neste ponto, não fomos vegetarianos. Quando Arthur "Bliss" deixou a banda em 1985, ele levou o vegetarianismo e a influência "Krishna" com ele. Nós não somos grandes comedores de carne, mas não somos vegetarianos.
7 - Quando e como a banda acabou?
O Antidote "Hardcore" acabou em 1986, mas em 1988 Nunzio e eu começamos a tocar juntos novamente. Ele tinha um monte de músicas novas que ele queria cantar e ele precisava de um baixistae foi ai que eu entrei pra banda. Primeiramente a banda se chamou Third Rail, mas acomeçar tudo do zero era muito difícil. Nunzio era um cara muito talentoso. Ele escrevia grandes letras, podia cantar, mas ele não era um bom Frontman. Em um momento haviam porpostas de algumas gravadoras e então decidimos que eu voltaria para os vocais e a banda se chamaria Antidote novamente. Na época muitas bandas de hardcore foram mudando de direção e permanecer com esse nome parecia uma idéia boa pois já tínhamos algum reconhecimento pelo passado. O Antidote novo era na verdade uma banda de Rock e a nossa maior influência no momento era o Guns and Roses.
Por um tempo ficamos firmemente entrincheirados na cena rock de Nova York e éramos praticamente a banda da casa Rock n' Roll Church no Limelight. Assinamos contrato e gravamos o "Return 2 Burn" e fizemos alguns grandes shows com grandes bandas como Circus Of Power and Hell's Kitchen. Por um tempo tudo foi muito divertido, mas no início dos anos 90 as coisas começaram a mudar quando o grunge veio as coisas meio que transcorreram. Em 1991 o Antidote foi deixado para o segundo plano e foi quando eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica "Stone Films NYC" e que é quando as coisas realmente decolaram.
8 - Conte-nos um pouco sobre o que você fez depois do Antidote.
Após a banda acabar em 1992 eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica Stone Films de Nova Iorque. Comigo produzindo Paris Mayhew, que tocou guitarra no Cro-Mags dirigimos um monte de vídeos de música e nós ficamos em uma correria bastante agradável por um tempo. Onyx -Slam, Type O Negative -Black #1, Run DMC-Ohh Watcha Gonna Do, Kings X-Dogman, Biohazard-Punishment, Shades Of Grey & Tales From the Hardside são alguns dos clipes que fizemos naquela época. Depois que Paris se mudou comcei a produxir tudo sozinho e fiz: Agnostic Front-Gotta Gotta Go, Merauder-Master Killer, Shelter -In The Van Again, Madball-Pride e Down By Law.
Por um tempo eu fui o rei de vídeos hardcore! Na época, eu também comecei Stone Management "We Manage The Unmanageable" e trabalhamos com Merauder, Subzero & Fury of Five. Todos eles tinham a Pacote De Negócios do Drew Stone , que era assinar com uma gravadora, com direito a um vídeo de música e uma tour na Europa. Eventualmente eu fui queimado nesse esquema de lidar com bandas e é aí que a coisa esportes radicaisveio a tona. Filmes alguns filmes sobre BMX e essas coisas e também dirigi o "I Live To Ride", episódio do True Life da MTV, que expôs o esporte para milhões de pessoas no mundo inteiro. No ano passado eu estive trabalhando no "xxx All Ages xxx" The Boston Hardcore Film, que foi uma grande experiência.
3-Quando o Antidote foi formado? Conte um pouco sobre a banda no seu período de existência.
A formação original do Antidote em 1981 eram Robb Nunzio (guitarra e compositor) com a ajuda de Tom Victor (Prong, Danzig) no baixo e Arthur (Bliss) Googy (The Misfits) na bateria. Eles ensaiavam na infame 171 A estúdios na Avenida A no Lower East Side, que foi recomendado a ele pelos caras do Bad Brains, que estavam gravando o seu "Roir Cassete" lá. Eles não tinham nenhum nome no momento. Tom saiu para perseguir outros interesses e tocaram os primeiros shows no A7 (2 +2) no Bowery sem baixista! Um pouco mais tarde, Bliss trouxe seu cunhado Brian e passou a registrar o épico "Thou Shalt Not Kill". Logo após esse disco ter saído Louie foi expulso da banda. Eu conheci Nunzio, enquanto saia na A7, no Lower East Side de Nova York em 1983. Eu já tinha visto Antidote tocar algumas vezes nessa época e eles eram foda ao vivo. Lembro que uma vez que eu vim de Boston com SS Decontrol quando eles tocaram a num show do Bad Brains em dezembro de 1982 e o Antidote tocou nesse show. Eles eram uma das minhas bandas favoritas no momento. Bliss foi um grande baterista e tocar com Nunzio nas guitarras foi muito bom. Eles esmagavam nos shows.
4 - Quais bandas influenciaram o Antidote?
The Beatles, The Clash, Bad Brains, Black Flag, Minor Threat, Black Sabbath, Negative Approach, The Ramones, The Sex Pistols. Éramos amigos de muitas das primeira leva de bandas de hardcore em NY e eles também nos influenciaram; Kraut, Reagan Youth, Cause For Alarm, Urban Waste, Murphy's Law e é claro o Agnostic Front.
5 - Quais eram os temas usados na hora de escrever as letras do Antidote?
Nunzio escreveu todas as letras para "Thou Shalt Not Kill", que eram tratados sobre o crescimento em um bairro multi-étnico no início dos anos 1980 durante os anos em que Ronald Reagan foi presidente. A vida em Nova Iorque, que é muito diversificada, foi uma grande influência sobre as letras também.
6 - O Antidote já foi uma banda vegetariana?
Neste ponto, não fomos vegetarianos. Quando Arthur "Bliss" deixou a banda em 1985, ele levou o vegetarianismo e a influência "Krishna" com ele. Nós não somos grandes comedores de carne, mas não somos vegetarianos.
7 - Quando e como a banda acabou?
O Antidote "Hardcore" acabou em 1986, mas em 1988 Nunzio e eu começamos a tocar juntos novamente. Ele tinha um monte de músicas novas que ele queria cantar e ele precisava de um baixistae foi ai que eu entrei pra banda. Primeiramente a banda se chamou Third Rail, mas acomeçar tudo do zero era muito difícil. Nunzio era um cara muito talentoso. Ele escrevia grandes letras, podia cantar, mas ele não era um bom Frontman. Em um momento haviam porpostas de algumas gravadoras e então decidimos que eu voltaria para os vocais e a banda se chamaria Antidote novamente. Na época muitas bandas de hardcore foram mudando de direção e permanecer com esse nome parecia uma idéia boa pois já tínhamos algum reconhecimento pelo passado. O Antidote novo era na verdade uma banda de Rock e a nossa maior influência no momento era o Guns and Roses.
Por um tempo ficamos firmemente entrincheirados na cena rock de Nova York e éramos praticamente a banda da casa Rock n' Roll Church no Limelight. Assinamos contrato e gravamos o "Return 2 Burn" e fizemos alguns grandes shows com grandes bandas como Circus Of Power and Hell's Kitchen. Por um tempo tudo foi muito divertido, mas no início dos anos 90 as coisas começaram a mudar quando o grunge veio as coisas meio que transcorreram. Em 1991 o Antidote foi deixado para o segundo plano e foi quando eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica "Stone Films NYC" e que é quando as coisas realmente decolaram.
8 - Conte-nos um pouco sobre o que você fez depois do Antidote.
Após a banda acabar em 1992 eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica Stone Films de Nova Iorque. Comigo produzindo Paris Mayhew, que tocou guitarra no Cro-Mags dirigimos um monte de vídeos de música e nós ficamos em uma correria bastante agradável por um tempo. Onyx -Slam, Type O Negative -Black #1, Run DMC-Ohh Watcha Gonna Do, Kings X-Dogman, Biohazard-Punishment, Shades Of Grey & Tales From the Hardside são alguns dos clipes que fizemos naquela época. Depois que Paris se mudou comcei a produxir tudo sozinho e fiz: Agnostic Front-Gotta Gotta Go, Merauder-Master Killer, Shelter -In The Van Again, Madball-Pride e Down By Law.
Por um tempo eu fui o rei de vídeos hardcore! Na época, eu também comecei Stone Management "We Manage The Unmanageable" e trabalhamos com Merauder, Subzero & Fury of Five. Todos eles tinham a Pacote De Negócios do Drew Stone , que era assinar com uma gravadora, com direito a um vídeo de música e uma tour na Europa. Eventualmente eu fui queimado nesse esquema de lidar com bandas e é aí que a coisa esportes radicaisveio a tona. Filmes alguns filmes sobre BMX e essas coisas e também dirigi o "I Live To Ride", episódio do True Life da MTV, que expôs o esporte para milhões de pessoas no mundo inteiro. No ano passado eu estive trabalhando no "xxx All Ages xxx" The Boston Hardcore Film, que foi uma grande experiência.
Dêem uma olhada na página:
http://www.facebook.com/allagesthefilm
9 - Como é estar tocando com o Antidote depois de tanto tempo longe dos palcos? Existe alguma diferença da cena hardcore de quando você começou sobre a cena hardcore de hoje?
A maior diferença é que aqui na América, a maior parte não é mais um "novo" movimento e nem um movimento "local". Hardcore tem mais ou menos 30 anos agora e existe no mundo inteiro. É global, a Internet tornouo hardcore acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar. A única coisa que permaneceu a mesma é a energia da juventude. Novas pessoas entram na cena e isso é o que mantém vibrante e emocionante. Estou achando muito mais dovertido tocar agora depois dos meus 40 anos de idade do que quando eu era mais novo. Eu realmente posso apreciar mais o hardcore.
10 - Obrigado pela entrevista. Diga suas últimas palavras e deixe contatos, links, ou o que mais poderia estar interessado.
Muito obrigado pelo seu apoio. Espero que algum dia possamos ir ao Brasil, seria um sonho para nós! Mantenham-se firmes!
Por favor, acessem a página do Antidote no Facebook:
http://www.facebook.com/pages/ANTIDOTE-NYHC-1983/113789128669194
Myspace:
http://www.myspace.com/antidotehardcorepunk
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9 - Como é estar tocando com o Antidote depois de tanto tempo longe dos palcos? Existe alguma diferença da cena hardcore de quando você começou sobre a cena hardcore de hoje?
A maior diferença é que aqui na América, a maior parte não é mais um "novo" movimento e nem um movimento "local". Hardcore tem mais ou menos 30 anos agora e existe no mundo inteiro. É global, a Internet tornouo hardcore acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar. A única coisa que permaneceu a mesma é a energia da juventude. Novas pessoas entram na cena e isso é o que mantém vibrante e emocionante. Estou achando muito mais dovertido tocar agora depois dos meus 40 anos de idade do que quando eu era mais novo. Eu realmente posso apreciar mais o hardcore.
10 - Obrigado pela entrevista. Diga suas últimas palavras e deixe contatos, links, ou o que mais poderia estar interessado.
Muito obrigado pelo seu apoio. Espero que algum dia possamos ir ao Brasil, seria um sonho para nós! Mantenham-se firmes!
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Style pachulita!!!!
ResponderExcluirdahora memoooo!
XXX
gostei de ver! mandou benzasssssu!
ResponderExcluirabraço! longa vida straight edge
Foda demais esta entrevista principalmente pela parte do The High & The Mighty esta banda e a demo é fudida demais , eu esqueço de postar no blog essa maravilha , continue aqui o excelente blog , abraços .
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