quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Blake Farber - Diretor de Clipes de NY no Brasil em 2011

Blake Farber diretor de clipes,diretamente de Nova York vindo para o Brasil em Janeiro 2011

Atenção todas as bandas, selos e artista ...Blake Farber é um cineasta de Nova York,e está vindo para o Brasil para trabalhar durante algumas semanas aqui. Ele tem algumas datas livres para filmar o próximo ou primeiro video de sua banda. Entre em contato se estiver interesse em trabalhar com esse grande produtor/cineasta Blake Farber. Confira alguns de seus trabalhos nos links abaixo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Entrevista com Drew Stone - Antidote NYC


Pra quem não sabe, Drew Stone foi vocalista da banda Antidote que era local de NY nos Estados Unidos. A banda teve seu EP Thou Shalt Not Kill re-lançado pela Bridge Nine Records em 2010 e anda fazendo alguns shows pelos EUA após muito tempo longe dos palcos. Nessa entrevista ele fala um pouco sobre o Antidote nos anos 80 e nos dias de hoje, o que ele fez durante seu tempo longe dos palcos e algumas coisas mais.


1 - Conte-nos como e quando você se envolveu com o Hardcore.
Eu cresci em Nova York na década de 1970 como parte do "Blank Generation". Nascido um pouco tarde para fazer parte de toda aquela coisa da década de 60, um pouco velho para fazer parte da geração MTV (Graças a Deus) e eu odiava aquela porra de "Disco". Em agosto de 1981, fui a Emerson College em Boston, Massachusetts a estudar interpretação. Logo depois da minha chegada, fui apresentado a um rapaz na cafeteria de Emerson, que tinha sua cabeça raspada. Naquele tempo as únicas pessoas que tinham as cabeças raspadas eram fuzileiros navais e psicopatas. Ele me disse que seu nome era "Choke" e ele fazia parte do Hardcore. Hardcore? Eu respondi: "O que quer dizer Hardcore? algo como The B52's, Joan Jett ou Blonde"? Eu não tenho a menor idéia de que porra ele estava tentando me dizer. Assim, depois de tentar explicar isso para mim por um tempo nós decidimos que o melhor jeito para eu entender a coisa toda era conferir a por mim mesmo. Então, alguns dias depois, fomos para o centro de Boston em um edifício comercial antigo chamado o Seminário de Mídia para um show matinê de domingo. Aquele foi um dos primeiros shows SS Decontrol e acabou por ser um ponto de partida na minha vida. Havia cerca de 30 pessoas lá e todos os participantes era da minha idade ou mais jovens. Não foram encontradas drogas ou álcool ao redor do lugar, o que era muito estranho para mim vindo de um ambiente muito diferente como o de Nova York. Eu me sentia muito conectado com o que estava acontecendo na sala e pulei direto no meio de todo mundo. Depois que a banda terminou de tocar o guitarrista Al "Lethal" Barile veio e se apresentou a mim e apresentou também os outros caras da banda. Ele estava muito interessado em saber quem eu era e de onde eu vim. Era uma cena muito pequena na época assim quando alguém novo aparecia eles recebiam com muito entusiasmo independentemente depois de dizer que eu fui "arrastado" para o início da crescente cena hardcore de Boston, que no mínimo foi um momento extremamente excitante.

2 - Você teve alguma banda antes do Antidote? Conte-nos sobre isso.
Eu sempre amei a música, mas antes de me envolver na cena hardcore a música sempre me pareceu muito inacessível. Em Boston no início dos anos 80 não havia internet ou telefone celular. O lugar onde todos nós íamos era o Newbury Comics na Newbury Street. Esse foi o centro do nosso universo naquela época. Você poderia simplesmente sair todos os dias e esperar que as pessoas apareciam. Eu vi um panfleto em Newbury Comics, que disse que alguns rapazes que estavam em hardcore estava procurando um baixista então eu liguei pra eles. Eu toquei com eles, mas eu realmente não era um bom baixista e acabei sendo o vocalista. Chamamos a banda The C.O's (Conscientious Objectors) que mais tarde se chamou The Mighty C.O's depois de um comentário de Al Barile. O primeiro show que tocamos foi em um salão do Emerson Collage com o The Freeze, Government Issue e Double O de DC. Tocamos na East Gallery algumas vezes depois disso com DYS, Jerry's Kids, o FU's e Gang Green e estávamos começando a fazer alguns progressos, quando eu fui dispensado da banda. Foi sempre um relacionamento bizarro, porque eu sempre fui um pouco estranho por ter vindo de Nova York, sendo o vocalista, que conhecia todo mundo na cena e tocando com um bando de crianças da zona rural de New Hampshire. O The Mighty C.O's nunca gravou nada comigo e eu só cheguei a fazer 5 músicas pelo que eu me lembro. Eles pensaram que poderiam fazer tudo melhor sem mim e como todos nós sabemos eles cresceram e agora são um nome familiar. Após o The Mighty C.O's acabar e eu ter perdido o interesse na escola eu tinha de ganhar a vida. Assim voltei a Nova Iorque para procurar trabalho na indústria cinematográfica. Após minha chegada em finais de 1983 imediatamente decidi montar uma banda de hardcore nova juntamente com alguns amigos do Bronx. Eu escrevi todas as músicas, passei para os caras e começamos a fazer shows. Algumas dessas canções tocamos até hoje com o Antidote como "Road Warrior", "Don't Look Back" e "If The Time Is Right, Were Ready To Fight". O primeiro show do The High & the Mighty que fizemos foi um Beneficente pro HR com o Cause for Alarm, Murphy's Law & Major Conflict. Depois que tocamos um pouco fomos para Boston, algumas vezes. Nós gravamos a demo do The High & The Mighty chamada Crunch On, que foi re-lançado alguns anos atrás, como parte do CD Antidote The High & Mighty o "A7 and Beyond".
No começo de 1984 tivemos um show em DC no Wilson Center, com Antidote e todos nós fomos na minha van. No caminho de volta para casa após o show do Antidote, o baterista Bliss e cantor Louie quase trocaram socos dentro da van. No momento em que chegamos de volta pra Nova York, ele estava fora da banda e agora o Antidote procurava por um novo vocalista. "Thou Shalt Not Kill" tinha acabado de sair, eu adorava a banda e eu conhecia bem o material. Eu estava bem próximo do Nunzio na época, então eu tive a chance de ser o novo vocalista e foi o que aconteceu.

3-Quando o Antidote foi formado? Conte um pouco sobre a banda no seu período de existência.
A formação original do Antidote em 1981 eram Robb Nunzio (guitarra e compositor) com a ajuda de Tom Victor (Prong, Danzig) no baixo e Arthur (Bliss) Googy (The Misfits) na bateria. Eles ensaiavam na infame 171 A estúdios na Avenida A no Lower East Side, que foi recomendado a ele pelos caras do Bad Brains, que estavam gravando o seu "Roir Cassete" lá. Eles não tinham nenhum nome no momento. Tom saiu para perseguir outros interesses e tocaram os primeiros shows no A7 (2 +2) no Bowery sem baixista! Um pouco mais tarde, Bliss trouxe seu cunhado Brian e passou a registrar o épico "Thou Shalt Not Kill". Logo após esse disco ter saído Louie foi expulso da banda. Eu conheci Nunzio, enquanto saia na A7, no Lower East Side de Nova York em 1983. Eu já tinha visto Antidote tocar algumas vezes nessa época e eles eram foda ao vivo. Lembro que uma vez que eu vim de Boston com SS Decontrol quando eles tocaram a num show do Bad Brains em dezembro de 1982 e o Antidote tocou nesse show. Eles eram uma das minhas bandas favoritas no momento. Bliss foi um grande baterista e tocar com Nunzio nas guitarras foi muito bom. Eles esmagavam nos shows.

4 - Quais bandas influenciaram o Antidote?
The Beatles, The Clash, Bad Brains, Black Flag, Minor Threat, Black Sabbath, Negative Approach, The Ramones, The Sex Pistols. Éramos amigos de muitas das primeira leva de bandas de hardcore em NY e eles também nos influenciaram; Kraut, Reagan Youth, Cause For Alarm, Urban Waste, Murphy's Law e é claro o Agnostic Front.


5 - Quais eram os temas usados na hora de escrever as letras do Antidote?
Nunzio escreveu todas as letras para "Thou Shalt Not Kill", que eram tratados sobre o crescimento em um bairro multi-étnico no início dos anos 1980 durante os anos em que Ronald Reagan foi presidente. A vida em Nova Iorque, que é muito diversificada, foi uma grande influência sobre as letras também.

6 - O Antidote já foi uma banda vegetariana?
Neste ponto, não fomos vegetarianos. Quando Arthur "Bliss" deixou a banda em 1985, ele levou o vegetarianismo e a influência "Krishna" com ele. Nós não somos grandes comedores de carne, mas não somos vegetarianos.

7 - Quando e como a banda acabou?
O Antidote "Hardcore" acabou em 1986, mas em 1988 Nunzio e eu começamos a tocar juntos novamente. Ele tinha um monte de músicas novas que ele queria cantar e ele precisava de um baixistae foi ai que eu entrei pra banda. Primeiramente a banda se chamou Third Rail, mas acomeçar tudo do zero era muito difícil. Nunzio era um cara muito talentoso. Ele escrevia grandes letras, podia cantar, mas ele não era um bom Frontman. Em um momento haviam porpostas de algumas gravadoras e então decidimos que eu voltaria para os vocais e a banda se chamaria Antidote novamente. Na época muitas bandas de hardcore foram mudando de direção e permanecer com esse nome parecia uma idéia boa pois já tínhamos algum reconhecimento pelo passado. O Antidote novo era na verdade uma banda de Rock e a nossa maior influência no momento era o Guns and Roses.
Por um tempo ficamos firmemente entrincheirados na cena rock de Nova York e éramos praticamente a banda da casa Rock n' Roll Church no Limelight. Assinamos contrato e gravamos o "Return 2 Burn" e fizemos alguns grandes shows com grandes bandas como Circus Of Power and Hell's Kitchen. Por um tempo tudo foi muito divertido, mas no início dos anos 90 as coisas começaram a mudar quando o grunge veio as coisas meio que transcorreram. Em 1991 o Antidote foi deixado para o segundo plano e foi quando eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica "Stone Films NYC" e que é quando as coisas realmente decolaram.

8 - Conte-nos um pouco sobre o que você fez depois do Antidote.
Após a banda acabar em 1992 eu comecei a minha empresa de produção cinematográfica Stone Films de Nova Iorque. Comigo produzindo Paris Mayhew, que tocou guitarra no Cro-Mags dirigimos um monte de vídeos de música e nós ficamos em uma correria bastante agradável por um tempo. Onyx -Slam, Type O Negative -Black #1, Run DMC-Ohh Watcha Gonna Do, Kings X-Dogman, Biohazard-Punishment, Shades Of Grey & Tales From the Hardside são alguns dos clipes que fizemos naquela época. Depois que Paris se mudou comcei a produxir tudo sozinho e fiz: Agnostic Front-Gotta Gotta Go, Merauder-Master Killer, Shelter -In The Van Again, Madball-Pride e Down By Law.
Por um tempo eu fui o rei de vídeos hardcore! Na época, eu também comecei Stone Management "We Manage The Unmanageable" e trabalhamos com Merauder, Subzero & Fury of Five. Todos eles tinham a Pacote De Negócios do Drew Stone , que era assinar com uma gravadora, com direito a um vídeo de música e uma tour na Europa. Eventualmente eu fui queimado nesse esquema de lidar com bandas e é aí que a coisa esportes radicaisveio a tona. Filmes alguns filmes sobre BMX e essas coisas e também dirigi o "I Live To Ride", episódio do True Life da MTV, que expôs o esporte para milhões de pessoas no mundo inteiro. No ano passado eu estive trabalhando no "xxx All Ages xxx" The Boston Hardcore Film, que foi uma grande experiência.

Dêem uma olhada na página:
http://www.facebook.com/allagesthefilm

9 - Como é estar tocando com o Antidote depois de tanto tempo longe dos palcos? Existe alguma diferença da cena hardcore de quando você começou sobre a cena hardcore de hoje?
A maior diferença é que aqui na América, a maior parte não é mais um "novo" movimento e nem um movimento "local". Hardcore tem mais ou menos 30 anos agora e existe no mundo inteiro. É global, a Internet tornouo hardcore acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar. A única coisa que permaneceu a mesma é a energia da juventude. Novas pessoas entram na cena e isso é o que mantém vibrante e emocionante. Estou achando muito mais dovertido tocar agora depois dos meus 40 anos de idade do que quando eu era mais novo. Eu realmente posso apreciar mais o hardcore.

10 - Obrigado pela entrevista. Diga suas últimas palavras e deixe contatos, links, ou o que mais poderia estar interessado.
Muito obrigado pelo seu apoio. Espero que algum dia possamos ir ao Brasil, seria um sonho para nós! Mantenham-se firmes!


Por favor, acessem a página do Antidote no Facebook:
http://www.facebook.com/pages/ANTIDOTE-NYHC-1983/113789128669194

Myspace:
http://www.myspace.com/antidotehardcorepunk


Bridge Nine Records Page:
http://www.b9store.com/Antidote







quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Youth of Today - 05.12.2010

Nesse último domingo tivemos a ilustre e histórica da banda Youth of Today em terras sul-americanas. Descrever esse evento histórico é algo que fica meio difícil de se escrever. Creio que só quem estava lá sentiu como foi ver uma banda que influenciou toda uma geração e que fez muita gente, inclusive eu, a viver esse "estilo de vida".


Antes do show ouvi muita gente dizendo que não iria ao show por inúmeros motivos que na sua maioria eram justificados por alguns membros da banda serem pilantras, caídos ou o caralho a quatro. Sei que todas são opiniões pessoais e não sou ninguém pra dar ou tirar razão dessas pessoas, mas compareci ao show pelo que a música significa pra mim sem me importar com quem está cantando. O importante pra mim é acreditar em tudo o que já foi dito e, por pensar assim, esse foi um dos melhores shows que eu já presenciei.


Parabéns a Seven Eight Life e equipe, a todas as bandas que tocaram no evento por terem proporcionado um dia marcante na história do hardcore brasileiro.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Daily War Zine nº 2

Mais uma vez aqui sentado na mesa, escrevendo, pensando, repensando e terminando mais uma edição do Daily War. Juro, que em alguns momentos, eu pensei que só conseguiria fazer a 1ª edição e largar isso de mão. É muito gratificante ver o resultado e a proporção que as coisas tomam quando se faz algo de boa vontade e mais ainda quando o único retorno que esperamos é causar uma reação positiva. Desde o lançamento da primeira edição eu percebi que o aumento dos zines impressos e dos Blogs (E-Zines) tem sido grande. Muitas coisas nunca mudam, mas algumas coisas mudam pra melhor e esse é um dos motivos pelo qual estou aqui. Uma das grandes diferenças que o Hardcore tem dos demais lugares é a facilidade de comunicação. Geralmente somos compostos por um público mais humilde, que sempre vai estar disposto a trocar uma idéia com qualquer pessoa. Vivemos um estilo de vida no qual não existe a hierarquia, não existe um superior, não existe ninguém mais ou menos Hardcore que o outro. Mas, como disse na primeira edição, o Hardcore tem sofrido uma inversão de valores. Nós já fazemos parte de uma certa ‘’rebelião’’ dentro da sociedade e dentro dessa tal rebelião estamos divididos em subgrupos que não fazem o mínimo sentido. Divididos por estilos musicais, jeito de se vestir, associação com certas pessoas e certas crews. No final das contas isso é o que menos importa e acaba estragando o que mais importa: a nossa razão de estar aqui. Quase tudo tem virado uma competição, uma guerra de egos, um jogo de moda que só traz ilusão. O Hardcore e a vida social não são sobre competição, sobre ser mais que alguém. No Hardcore não devia existir o termo vencedor ou perdedor. Estamos aqui por algo que temos em comum e não pra ressaltar o que temos de incomum. Vivemos essa vida de escolhas pelos mesmos ideais e não posso dar as costas para que isso gere uma guerra interna dentro de uma comunidade que já se revolta com o mundo lá fora. Ao invés de procurar problemas, decepções, intrigas e motivos para desconciliação dentro do Hardcore/Punk, deveríamos procurar tentar mudar o mundo que nos oprime lá fora. E alguma das várias coisas que temos em comum e podemos conservar conosco é um sentimento: a indignação com os valores impostos pela sociedade. E esse é um dos motivos pelo qual eu insisto nisso.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Uma notícia pra quem é morador do Distrito Federal ou algum lugar próximo é que teremos as duas edições do Daily War disponíveis na 1ª Verdurada do DF. Agradeço de coração ao Coletivo Verdurada do DF desde já e desejo tudo do melhor pra esse festival. Portanto, se você é morador do DF é mais do que recomendável que apóie eventos como esse e faça com que sua cena local sempre cresça e tenha suporte pra fazer mais edições de eventos como esse.

1ª VERDURADA DF

Nunca Inverno
Black Sea
Gulag
xLost in Hatex
Nossa Escolha
Tirei Zero

e mais:
- debate sobre mobilidade urbana com MPL-DF e bicicletada DF
- jantar VEGetariANO grátis após os shows
- venda de material independente e produtos veganos
- baile com xEdge With The Dreadsx (usa)

ingressos:
R$8 e R$5 (indo de bike)

mais informações:
http://twitter.com/verduradaDF
coletivovegano@gmail.com

apoio:
ME estúdio & estúdio KGB


Críticas e sugestões:
xathosxjustice@gmail.com
Twitter: @underdogxvx

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Absolute Madness


O Absolute Madness é uma banda californiana de Crossover que conta com ex integrantes de bandas que fizeram história no Hardcore da última década como Terror, Carry On e Internal Affairs. Possui um cd demo com quatro músicas e uma música na coletânea "Mercy for None" lançada pela Reaper Records. Porém o lançamento de um EP intitulado "Poser Disposer" está previsto para dezembro deste ano. Em meio canções rápidas e agressivas no melhor estilo Bay Area são minuciosamente encaixadas passagens moshantes, soando como uma colisão brutal entre o Metallica do Kill 'Em All e o Integrity do Those Who Fear Tomorrow com muito peso e refrões marcantes que garantem mais poder e vigor a destruição sonora. O Absolute Madness vem pra provar que pra se fazer um bom Crossover não é necessário usar calças justas, coletes de patche e nem se restringir clichês do estilo. Altamente recomendado para apreciadores de bandas como The Accüsed, Leeway, Nuclear Assault e Cro-mags.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Rise And Fall

Diretamente da Bélgica vem o Rise and Fall, iniciado em 2004, hoje uma das bandas mais produtivas do cenário Hardcore europeu. Apresentando um hardcore feio, sujo e agressivo no melhor molde "dischargeano" integrado a riffs sombrios e densos que garatem uma sonoridade obscura e intensa. Tudo isso é complementado por uma erupção emocional singular garantida pelo vocalista Bjorn, fechando o cartase musical. Certamente uma ótima escolha pra quem quer fugir do óbvio e das limitações frequentemente encontradas no Harcore/Metal.

myspace.com/riseandfall13
por Flávio Zaurizio

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cruel Hand - Lock and Key

Diretamente de Maine nos EUA, o Cruel Hand é banda composta por ex-integrantes do Outbreak e vem fazendo um hardcore inovador e agressivo. Misturando bons ingredientes das raízes hardcoreanas do Cro-Mags com tudo de bom que o Metallica já fez, temos como resultado final o lançamento mais recente da banda: Lock and Key.
Um pouco diferente dos discos Without a Pulse e Prying eyes (seus dois lançamentos anteriores), nesse disco eles colocam todas as suas influências na mesa sem nenhum tipo de restrição.
Com uma arte de capa no maior estilo Pushead, solos de guitarra a la Kirk Hammet e vocais no timbre de James Hetfield, Lock and Key contém 10 músicas que são empolgantes de ponta a ponta. Hardcore metalizado, sem nada que lembre um metalcore europeu, que poderá agradar desde fãs do Mosh indo até mesmo aos fãs de um bom Thrashcore/Crosssover

Você pode conferir tudo isso no myspace da banda ou para adquirir o disco aqui no Brasil você pode escrever para a Caustic Recordings.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Diamond - Projeto de membros do Trapped Under Ice & Down to Nothing

Aqui no brasil não é sempre que vemos participantes da comunidade hardcore fazendo projetos musicais que não tem muito em comum com o que eles costumam fazer. Falando um pouco com o Sam Trapkin do Trapped Under Ice, ele me falou sobre o seu novo projeto e achou interessante que déssemos uma divulgada por aqui. Com um curto release nós temos uma descrição que esclarece um pouco sobre a banda.


Se você está lendo este blog, você provavelmente está em sintonia com o que está acontecendo na cena hardcore de hoje. Sendo assim, provavelmente você conhece e ama Trapped Under Ice, Terror e Down to Nothing tanto quanto eu. Também vamos assumir (e espero) que os seus gostos musicais vão além de Trapped Under Ice, Terror e Down to Nothing. Sendo assim, você tem que baixar a demo colaborar com a mais nova banda de Baltimore/Chicago: Diamond.

Então, porque Trapped Under Ice, Terror e Down to Nothing não tem nada a ver com o Diamond?

Diamond é uma banda composta por Sam Trapkin (guitarra) e Brendan Yates (bateria), que também são a "espinha dorsal" do Trapped Under Ice. Além disso, a banda apresenta David Wood (baixo)que dedica seu tempo ao Terror e Down to Nothing e Justin Gilman (vocal), que também canta em uma banda de rock chamada We Read Minds. Fortemente influenciado pelas bandas de pop/rock década de 90, a banda começou tocando no início de 2010 depois de escrito e já ter a maioria das músicas e vídeo nos chats do AIM através da Garage Bands Demo.


Recentemente, eles gravaram uma demo de 5 músicas em estúdio e batem muitas bandas de rock que você ouve no rádio hoje ... facilmente. O 7 "está previsto para lançamento neste inverno, bem como um show de lançamento do disco.



Você pode baixar a demo deles aqui!
Você pode adicioná-los no myspace também!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Entrevista: Trapped Under Ice - Baltimore City Hardcore

Diretamente do lado sujo de Baltimore, o Trapped Under Ice é uma banda de hardcore com base de influência na velha escola do NYHC e que vem surpreendendo a cada apresentação que fazem. A banda dispensa qualquer comentário e é uma das poucas bandas que admiro musicalmente nos dias de hoje. O vocalista Justice Tripp e o guitarrista Sam Trapkin me cederam essa entrevista que foi feita durante a turnê que eles ainda fazem nos EUA e depois passando pela Europa.


1 - Primeiramente gostaríamos de saber como a banda surgiu e qual a origem do nome "Trapped Under Ice"?

Justice: A banda começou nas cinzas de uma banda straight edge que eu e Sam tocávamos. Sam teve a idéia de chamar a banda de Trapped Under Ice com base em algumas das metáforas que estávamos usando nas letras escritas na Demo.

2 - Quais são as principais inluências na hora de compor as letras e as músicas no geral?

Justice: Musicalmente, nós tentamos manter as nossas influências bem amplas. No começo eram Breakdown, Stout, Crown of Thornz, Next Step, etc .. Algumas das influências evoluíram com tempo e podem ir a qualquer estilo como pop, punk ou hip hop.

3 - Na letra da música 'Believe' vocês falam sobre o cotidiano da cidade onde vivem. Fale-nos mais sobre essa letra e sobre a mensagem que ela quer passar.

Justice: Essa música é sobre os aspectos negativos da cidade de Baltimore. Eu não quero que as pessoas achem que estamos a promover ou afirmar esse estilo de vida, mas estou reconhecendo-o e expressando como isso me afeta mentalmente.



4 - O que o Hardcore significa para vocês?

Sam: Hardcore significa coisas diferentes para muitas pessoas. Viver o hardcore para mim é ser você mesmo e viver livre. É um lugar para aqueles que estão se sentindo desconectados da sociedade em geral ou em qualquer ambiente social. Tem a capacidade de transformar sentimentos de raiva e frustração em algo positivo, numa força unificadora.

5 - Na cena hardcore de hoje em dia é difícil ver bandas com algo importante a dizer. Muitas pessoas são concentradas mais na moda do que uma mensagem importante. O que vocês pensam sobre isso?

Sam: Eu acho que as bandas devem fazer apenas o que eles querem fazer. Se você não tiver nada de importante a dizer, então não tente. Nós sempre escrevemos e compartilhamos experiências que são reais para nós. Se isso é "importante" ou não, eu não sei.

6 - Vocês conhecem alguma referência de Hardcore no Brasil? Tem planos para tocar aqui algum dia?

Sam: Eu pessoalmente nunca ouvi falar de nenhuma banda de hardcore do Brasil. Mas ouvi dizer os shows são surpreendentes. Nós não temos planos de ir para lá no momento, mas definitivamente gostaria de fazê-lo no futuro.

7 - A banda conta com algum membro Straight Edge ou Vegetariano?

Justice: Todos nós somos Straight Edge. Ninguém na banda é vegetariano. Nós nunca planejamos que todos fossem Straight Edge, simplesmente veio a ser. Embora, o Trapped Under Ice não se intitula uma banda Straight Edge.

8 - Como vocês vêem a cena hardcore de hoje em dia?

Justice: A cena hardcore está numa boa situação em um geral. Acho que as pessoas devem praticar o que pregam um pouco mais e abrir as suas mentes, mas isso nunca se aplica a todos, obviamente. Há um monte de bandas legais com sons
diferentes, fazendo sua própria coisa toda. As bandas são uma base importante para suas cenas.

9 - Quais são os planos futuros da banda?

Justice: Estamos escrevendo um monte de músicas novas entre uma turnê que estamos realizando. Estamos tocando pelos
EUA e Europa com o Bane, em seguida eles vão para o Japão. Estamos esperando para finalizar um monte de materiais novos em algum momento próximo do início do ano que vem e espero gravarmos um novo álbum e lançá-lo em 2011.

10 - Os membros da banda possuem projetos paralelos?

Justice: Jared toca baixo no Down to Nothing . Eu não diria que é um projeto paralelo, pois é uma tanto quanto diferente. Sam e Brendan tem uma banda de rock chamada Diamond que acabou de gravar.



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Entrevista: Tiempos de Honor

O Tiempos de Honor é uma banda Straight Edge do Chile que no momento está fazendo uma turnê no Brasil. Com uma sonoridade que não nega nenhum pouco a influência das bandas de Hardcore dos anos 90 como Earth Crisis, Snapcase, Culture e Morning Again, o Tiempos de Honor conta com apresentações incríveis no qual não podemos deixar de conferir. Fiz uma entrevista com os caras e vocês podem conferir abaixo:

1 - Primeiramente falem de como a banda surgiu e qual foi a proposta inicial.

Desde o começo a banda sempre teve o mesmo propósito. Desde que formamos a banda buscamos expressar em nossas letras, em nossos manifestos, a realidade que acontece em nossa sociedade. A luta contra o capitalismo é o principal motivo para formar essa banda. Sentimos que a realidade em que vivemos não pode seguir corrompendo a vida do ser humano. Nesse sentido a banda começou a tomar um rumo. Vários de nós que estamos na banda desde o começo temos idéias políticas e somos envolvidos em organizações distintas. Então, para nós, por sermos imersos na comunidade hardcore/punk significava também poder expressar essas idéias através da música. O anti-capitalismo, os movimentos anti-globalização, a lutra contra o imperialismo do primeiro mundo, são temáticas que para nós sempre foram importantes e por esse mesmo motivo formamos a banda para uma mudança estática no hardcore punk e no straight edge. Sentíamos que nós não podíamos simplesmente nos mantermos imóveis apenas pensando que o hardcore punk é só um meio para se comprar camisetas, discos e ir cantar num show de sábado. Necessitamos transmitir que a vida é mais que isso, mais que uma camiseta e um show. Repassar idéias, repassar informações para desafiar o estabelecido, promover um sentimento de rejeição desta sociedade e suas formas de escravatura.

2 - A banda tem envolvimento com algum movimento político ou algo parecido?
Como dizemos na pergunta anterior, sempre nos identificamos com a luta contra o capitalismo, nos identificamos com os movimentos sociais de esquerda, principalmente o Marxismo, mas não deixamos de lado outras idéias políticas que trabalham em uma luta contra o capitalismo. Não queremos cair nas divisões, mas sim unir forças daqueles que se opõem aos valores da sociedade.

3 - O que o Straight Edge significa pra vocês?
Para nós o Straight Edge significa a forma de perceber uma vida, a maneira como nos desenvolvemos e como atuamos com aqueles a nossa volta. É a forma de estar alerta em um mundo que joga contra nós através de várias formas de controle que o capitalismo usa. Seja pelo meio das drogas, , os meios de comunicação, as formas de exploração, a educação do mercado, a religião, etc. Ou seja, é um complemento com nossas idéias revolucionárias que tem um significado primordial em nossas vidas. Para nós o straight edge sempre foi político, porque são nossas idéias levadas a prática e que se misturam, que nos servem para repensar a realidade e para questionar o entorno no qual vivemos. Mas tampouco queremos cair no sectarismo por ver as coisas de outra perspectiva, mas é uma alternativa que nós decidimos tomar mas não queremos impor a ninguém.

4 - O que influencia vocês na hora de compor?
Musicalmente falando poderia citar muitas bandas, incluindo vários tipos diferentes de música. Passando por sons bem diferentes um do outro, do metal a música popular. Mas para nós as principais influências são políticas, que poderia citar os importantes revolucionários de esquerda do século XIX/XX que dão sentido às nossas letras

5 - Qual é a sensação de estar fazendo a primeira tour pelas terras brasileiras?
Já tem um ano que tentávamos fazer essa viagem e tivemos muitas expectativas sobre ela. Depois de nos organizarmos com as pessoas da Argentina , do Chile e com Franco 78Life aqui no Brasil, pudemos concretizar essa viagem. Adoramos a idéia de compartilhar com pessoas de outros países sobre todas as situações que compartilhamos com outras pessoas anteriormente. Esperamos que o pessoal goste de nossa música e principalmente da mensagem, porque esse foi o motivo de fazermos essa viagem: Difundir nossas idéias e a mensagem que a banda carrega.

6 - banda tem alguma referência de hardcore do Brasil que possa ser citada?
Sim. Conhecemos várias bandas brasileiras, incluindo o Point of No Return que é uma das influências da banda e é uma das quais crescemos escutando. Também conhecemos o Confronto, há um tempo atrás saiu um Split nosso com o Live By the Fist de Santos e tocamos com o Still X Strong no Chile.
No começo da banda também tocamos com o Children of Gaia. Houve um bom tempo que no Chile se escutavam muitas bandas brasileiras, já que nos agradam muito musicalmente.

--------------------------------------

O Tiempos de Honor permanecerá esse fim de semana no Brasil e você pode comparecer ao shows seguindo as datas abaixo:

Myspace
Fotolog Seven Eight Life

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fala...mas não executa.

Hoje em dia percebo que o que não falta é gente reclamando da cena em que “participa”.
As pessoas reclamam da escolha das bandas de um show, do preço que muitas vezes não é nada abusivo, do preço do CD que eles não fazem a mínima idéia de quanto foi gasto pela banda e pelo selo pra colocá-lo em circulação. Podemos contar nos dedos as pessoas que realmente fazem acontecer o hardcore/punk em São Paulo. Como eu vivo a cena de São paulo vou usar o que eu vejo no dia a dia como referência pra esse texto.

Há poucos dias, antes de começar esse texto, eu compareci a 4ª edição do POSITIVE ABC HARDCORE FEST, que é um evento organizado pela ABC FAMILY CREW. Show gratuito, de fácil acesso, espaço animal, aparelhagem boa, bandas boas, comida vegan e mupy por 1 real. Reparei em uma coisa que me intrigava: a maioria das pessoas presentes eram as mesmas pessoas de sempre. E quando digo que eram as mesmas não imagine nenhum número absurdo, eram poucas. Isso não tornou o show um lixo e que, por incrível que pareça, foi um show bem divertido.
Depois de observar esses detalhes você pode se deparar com uma quantidade consideravelmente grande de pessoas reclamando que os shows não estão rolando, que não tem banda boa tocando, que isso e aquilo. Percebo que quando alguém posta informações sobre um show as pessoas focam em criticar as bandas do evento que elas não gostam ao invés de apoiar uma iniciativa boa e que não visa nada ganancioso.
Alguns que lêem esse texto podem achar ridícula uma comparação dessas, mas no último mês de agosto eu fui ao show do H2O, que custou em torno dos seus R$ 60,00, foi um show que dispensa comentários. Lotado, aparelhagem foda e todos ficaram satisfeitos. Muitas das pessoas que estavam lá presentes quase nunca comparecem aos shows, e nelas estavam incluídas aquelas pessoas reclamonas que citei acima. Pessoas que nunca fizeram nada pelo DIY e acham que tem culhão pra meter o pau no evento dos outros.
Hoje em dia, como poucos sabem, não é nada fácil manter um evento com várias edições com qualidade, não é fácil montar uma banda, gravar uma demo, ensaiar e o caralho a quatro, escrever um zine, etc. São coisas no qual você investe um capital sabendo que não haverá um retorno. É realmente decepcionante você dar o sangue pra obter resultados positivos em algo que você faz por prazer pra ver muita gente desmerecendo tudo.
Nessas horas o que não falta é desânimo, vontade de desistir de tudo e tocar o foda-se. Mas, por incrível que pareça, a gente insiste nisso. Enquanto muita gente reclama, paga 300 reais num vans/nike/sejalaoquefor e desmerece o esforço dos outros, muitos que acreditam no que eu acredito, ainda tenta fazer algo pelo DIY, ainda é emocionado com o hardcore e ainda se importa em levar tudo isso pra frente. De verdade, se isso for uma fase, quero que seja uma fase que não passa!

-----------------------------------------------------------------------------------------------

BETTER THAN A THOUSAND - I Can Make a Difference
Cada pensamento se torna uma ação, todas as formas de hábitos de ação
Hábitos criam o nosso futuro e nossas vidas se transformaram
Cada momento é tão precioso que nós gastamos nosso tempo, como o ouro
Se você mudar o momento você vai ver seu sonho se desdobrar

Eu posso fazer a diferença neste mundo

Apenas um dominó é empurrado, ele faz uma queda de mil
A pequena semente potencialmente pode crescer
A maldição vai quebrar eventualmente com uma rachadura na parede
Então, as pessoas olham dentro de si mesmas e podem ouvir o seu coração chamar

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pulling Teeth - Por Flávio Barbosa


Imagine uma banda que mistura os elementos mais malevolentes e sombrios do metal
com a energia do hardcore/punk, essa banda se chama Pulling Teeth. No final de 2006
realizou o seu primeiro registro em estúdio, um EP chamado "Vicious Skin" que por alguns
foi considerado o melhor álbum de hardcore do ano. "Hardcore metalizado.
Principalmente influenciado por bandas como Integrity, Left for Dead, Slayer, Black
Sabbath...", assim o vocalista Mike Riley define a sonoridade da banda. Com letras que
abordam temas que vão desde a descrença em Deus até o vegetarianismo, o Pulling Teeth
mostra que além das boas influências, carrega consigo algo muito importante dentro do
Hardcore/Punk: a indignação.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Final x Round

Sem muita firula, esses "mascarados" chegaram mostrando que não estão pra
brincadeira. A banda acabou de lançar seu primeiro material, Hardcore cru e sujo.
Influências marcantes de bandas dos anos 80, 90 e 2000 como: Youth Of Today, Warzone,
Mental, Righteous Jams e etc. Músicas fortes e precisas, refrões marcantes, singalongs, e
aquele velho estilo "maloqueiro" de se fazer hardcore, herdado pelas bandas de Boston e
NY. Final x Round direto da zona leste de São Paulo, mostrando que o orgulho Straight
Edge ainda pega fogo no coração dessa mulecada, trazendo em suas músicas com força
total toda energia e sinceridade que o hardcore pode passar "Songs For You, Pride For Us".

Myspace


Download da Demo: "Songs for Your, Pride for Us"








Amanhã eles estarão tocando no Positive ABC HArdcore Fest 4
Fotolog com Informações





Resenha por: Iran Xavero

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

In Your Face - por Iran Xavero



Mesclando toda a agressividade do hardcore e toda fúria e revolta das bandas punks de
antigamente, trazendo a tona aquele "fogo cruzado" nesses "tempos difíceis”. Com
pouco mais de um ano de banda, um Cd-demo lançado. Sonoridade suja, sem meias
palavras e com letras e discursos que vão à contra mão de tudo que se é dito por ai. A
banda mostra que joga limpo com a realidade, não tenta mascarar ela de forma alguma.
Cinco jovens nascidos na periferia de São Paulo, mostrando que ainda carregam o
espírito herdado pelos Punks, D.I.Y. (faço você mesmo) não se tornou uma palavra vazia.
Com riffs rápidos e simples, bateria veloz e vocal sujo e com uma presença de palco
digna de uma banda de hardcore. A sonoridade é bem semelhante a discos clássicos,
como: Don't forget the struggle, don't forget the streets (Warzone), Can't close my Eyes
(Youth of Today) e etc. IYF traz a tona toda energia e a falta de papas na língua que
faltava para as bandas de hardcore nacional nos últimos tempos. A banda é dividida em
integrantes straight edge e apreciadores da cevada, o que não é muito comum no estilo
de hardcore que eles tocam. Para algumas pessoas isso é bom, mas o fato da banda não
carregar uma “bandeira” não é nenhuma dádiva ou malefício, são hardcore/punk
independente de qualquer coisa, se carregam uma bandeira, é essa.

Myspace

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mais 50 cópias disponíveis


Caros amigos.
Consegui fazer a impressão de mais 50 cópias do Daily War Zine.
Quem ainda tiver interesse em pegar uma cópia pode mandar um email para: xathosxjustice@gmail.com. Ou se você me trombar em algum lugar pode pedir mesmo, não machuca. hahahahah
Estão disponíveis as cópias nesse show de sábado em Piracicaba no Benjamin Rock Bar.
Obrigado a todos que tem me apoiado com a idéia de manter vivo o zine impresso, aqueles que escreveram e-mail, que vieram e me pediram uma cópia, que deram ajuda de alguma forma na divulgaçãom etc.
Sou muito grato por todos vocês e isso me anima pra dar continuidade com a segunda edição.

Fiquem Firmes
xVx

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Série Releases - Trapped Under Ice

Como não podia faltar, aqui vou estar postando algumas resenhas de bandas. Algo indispensável pra quem vive o Hardcore. Essa resenha foi feita pelo Flávio Barbosa. Segue o Texto:

Trapped Uncer Ice
Iniciando suas atividades em 2007, o Trapped Under Ice já dividiu palco com diversos veteranos do hardcore como Madball e Cro-mags, no mesmo ano a banda lançou uma demo, um split com uma banda chamada Dirty Money e um EP intitulado "Stay Cold". Agora no seu primeiro full-length "Secrets of the World" a banda vem mostrando que pra se fazer hardcore pesado não precisa estar sempre na marcha lenta, tampouco ser metalcore. Com peso, riffs “metallicos”, vocal acelerado, no melhor estilo Biohazard, além de toda a agressividade e malvadez baseada na escola do New York Hardcore, o Trapped Under Ice deve agradar a fãs de Metallica e Breakdown.

http://www.myspace.com/underdaice




quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Egoísmo Decepcionante

Um fator que tem incomodado várias pessoas que mantenho contato é a falta de consideração com o veganismo/vegetarianismo. Lendo o encarte de alguns discos que eu tenho, percebi que o veganismo já foi levado mais a sério aqui no Brasil. Percebe-se que quando surgiu o Straight Edge no Brasil chegou de uma forma diferente. Creio que um dia , no começo de tudo, o Straight Edge era uma postura mais pessoal, menos política. Mas tudo evolui, se adapta com o tempo. E nessa parte de evolução do Straight Edge surgiu o vegetarianismo que, ao meu ver, juntaram-se de uma forma forte, onde hoje em dia não consigo imaginar como alguém se interessa pelo Straight Edge sem considerar o vegetarianismo. É decepcionante ver não só o Straight Edge, mas também a comunidade punk/hardcore, que por sua vez é composta por pessoas que sempre estão mais abertas a novas informações e mudanças, dar as costas para uma causa tão importante como essa.
Não podemos simplesmente dar as costas a toda esse egoísmo. Pode parecer ignorância, mas é inadmissível pessoas que vivem o hardcore/punk se recusarem a apoiar a Libertação Animal. Esperar uma atitude dessa de uma pessoa como seus pais, tios, avós é compreenssível, pois são pessoas que não fazem idéia do que é libertação animal, que consideram o vegetarianismo como uma escolha de vida saudável, daqueles que preferem comer alimentos naturais. Agora, esperar isso de pessoas que são cheias de informação e tem a “cabeça aberta” é realmente decepcionante.
Nós podemos citar inúmeras razões para considerar o veganismo, mas será que alguém pode citar alguma razão coerente para não considerar?
Se você se encaixa nesse perfil de pessoa, a intenção não é fazer com que se afaste, muito menos te expulsar do Hardcore (ninguém tem esse direito), mas fazer com que pense e repense suas atitudes, reavalie-as, veja os efeitos que os seus atos trazem para aqueles que dividem o mesmo planeta que você. Nunca é tão tarde para dar um passo e pensar nas consequências do que você faz. SEJA VEGAN/VEGETARIANO.

POINT OF NO RETURN - BLOODLESS LIFE

“A MENSAGEM FOI PASSADA COM A COMPAIXÃO QUE ADQUIRI
AGORA MOSTRO AOS OUTROS AS MESMAS COISAS QUE APRENDI
NÃO VOU ME ACOMODAR EM NOME DA CONVENIÊNCIA
NÃO VOU DESCANSAR ATÉ QUE O ÚLTIMO SINAL DE EXPLORAÇÃO TERMINE
AQUELES QUE FECHAM SEUS OLHOS DIANTE DESSA BARBÁRIE
SÃO OS MESMOS QUE DÃO AS COSTAS AO SOFRIMENTO HUMANO
EXPLORANDO UMA TERRA DOENTE
QUE O HOMEM DESPREZOU...
EGOÍSMO É O QUE DÁ VIDA A ESSE CICLO
TANTO NOS CORREDORES DA MORTE AGUARDANDO PELAS HORAS MAIS ESCURAS
MAS PODEMOS IMPEDIR ESSE CRIME - A DECISÃO É NOSSA
O RESPEITO DEVE SE ESTENDER ÀS FORMAS DE VIDA NÃO-HUMANAS
ANSEIO PELO DIA EM QUE ABRIREMOS NOSSOS CORAÇÕES AOS CLAMORES DELES NUNCA MAIS ME SUJAREI COM O SANGUE DOS INOCENTES.”

sábado, 24 de julho de 2010

Entrevista com Purification

As lendas do vegan straight edge italiano estão de volta para alguns shows na europa. O guitarrista Andrea ‘Monster’ e o novo Vocalista Matteo(baixista da última formação da banda - Overstate - Hup rec)me cederam essa entrevista muito esclarecedora e proveitosa.
Exibir Todas as Fotos | Purification 2010 | PURIFICATION (23/07 Fluff Fest!)
D.W.: O que os motivou a voltar para fazer esses shows de reunião pela Europa?

MONSTER: Penso que a razão principal para mim é que em 2004 foi decidido acabar com a banda, sem mesmo tocar um "último show". Eu estava realmente insatisfeito com a forma como terminou após quase 10 anos de carreira honrosa.
Outra razão importante é que hoje em dia a cena hardcore necessita de mais e mais bandas que tenham algo de positivo para dizer, especialmente agora que a cena está se transformando em um grande desfile de moda.
O Earth Crisis está de volta, o Vegan Reich está trabalhando em um novo registro. Então eis o momento perfeito, para nós, para voltarmos.

D.W.: Porque escolheram o nome PURIFICATION para a banda e o que esse nome significa para vocês?

MONSTER: Eu escolhi o nome em 1995. O principal motivo foi porque eu queria um nome que poderia ter um impacto especial sobre as mentes fracas. Na época, em nossa cidade (Roma), jovens emo e os “politicamente-corretos” estavam se tornando sxe, então eu queria deixar claro que o Purification foi para criar uma separação entre nós e eles. O próximo passo foi criar um grupo Militante Vegan Edge que nós chamamos de The Legion. O resto é história.


D.W: Qual é a atual formação do Purification?

MONSTER: Somos: Eu "Monster" e Emiliano "Frusinate" na guitarra e Matteo (proprietário de registros HUP e nosso baixista passado) nos vocais. Ao vivo usaremos outros músicos para ocuparem as posições de baixo e bateria.


D.W.: Aconteceram alguns esclarecimentos vindo de vocês sobre boatos que circularam dizendo que o Purification era uma banda nazi/xenofóbica. O que aconteceu para que vocês se esclarecessem sobre isso? Conte-nos mais sobre essa história.

MONSTER: Isso é tudo besteira que um bando de cuzões (na sua maioria italianos) inventou para nos descreditar naquilo que defendemos como uma banda. O Purification não fez nada e nada tinha a ver com qualquer movimento de extrema-direita orientada. Ponto final!
MATTEO: Como se fala na Itália: “A mãe dos idiotas está sempre grávida”. Nem precisa falar que só os estúpidos podem acreditar nestas besteiras.


D.W.: A banda carrega alguma bandeira religiosa ou coisa do tipo?

MONSTER: Não em um todo. Pessoalmente sempre fui um católico convicto, mas isso não tem nada a ver com a banda. Purification é apenas sobre o veganismo, Libertação Animal, Libertação da Terra e Straight Edge. É isso.

D.W.: Hoje em dia o hardcore conta com poucas bandas VEGAN. O que acham disso?

MONSTER: Como eu disse antes, é realmente difícil para as bandas sxe vegan, ou bandas em geral, com algo a dizer, se encaixarem na "cena" moderna hxc, onde tudo é reduzido a um jogo de moda. Mas ainda existem algumas bandas que estão levando a mensagem e apoiando a causa mundial.


D.W.: A banda tem algum plano de voltar ao Brasil?

MONSTER: Nós gostaríamos de estar de volta ao Brasil e, possivelmente, tocar também na Argentina e no Chile. Nosso novo vocalista, Matteo, tem boas ligações por lá, como você sabe. Por isso estamos trabalhando nessa hipótese.


D.W.: Na opinião de vocês, como consideram pessoas que são straight edge e não consideram o vegetarianismo?

MONSTER: Sxe é apenas um bom ponto de partida que deve evoluir para o vegetarianismo e veganismo em seguida. Isso é uma progressão normal. Na minha opinião, se você for apenas sxe não significa nada para mim.

D.W.: A banda tem ou já teve algum envolvimento com o movimento Hardline?

MONSTER: Temos estado em contato com os caras que criaram o movimento Hardline. Ainda somos bons amigos do Sean Muttaqi, do Vegan Reich. Mas o Purification nunca foi uma banda Hardline. Mas acho que respeitamos a maior parte de seus ideais.

MATTEO: Acho importante escrever que o Hardline é, entre outras coisas, pro-feminista e anti-racista. Pois há muita ignorância das pessoas ao respeito, que assume que é um qualquer movimento de direita pseudo “fascista”. O fundador é uma pessoa de clara origem mexicana e é muçulmano. Mas a maioria das pessoas do hardcore nem procura saber nada a respeito, só imaginam que seja algum tipo de sxe nazi que quer bater nas pessoas.
Deixando isso claro, tem alguns aspectos do Hardline com os quais não concordo, mas tem bastante deles que podem ser compartilhados. Por isso o Purification nunca foi uma banda Hardline nem religiosa pois para fazer isso todos os integrantes devem seguir a mesma linha, coisa que não é (e nunca foi) presente na banda.

D.W.: Muito obrigado pela entrevista. É de muita honra da minha parte conseguir esse registro Deixe aqui alguma mensagem para os leitores, links de divulgação e o que mais possa interessar.

MONSTER: Quero agradecer a você pela entrevista e por todo seu apoio ao longo dos anos, isso significa muito para nós mesmo!
Um grande abraço a todos os nossos amigos no Brasil e para todos os vegan sxe daí. Eu sei que a cena em seu país ainda é forte e tivemos a honra de tocar por aí em 2004 e mal posso esperar para estar de volta.
Nosso novo CD sairá em julho pela Hurry Up! Records e você já pode pré-encomendar, verifique os nossos links para todas as infos:

http://www.myspace.com/pvrification
http://www.pvrification.blogspot.com
http://www.facebook.com/pvrification

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Conteúdo Importa?


Voltando um pouco no tempo, (e olha que é pouco tempo mesmo) podemos nos lembrar de uma cena hardcore onde compareciam aos shows garotos e garotas com X na mão, se divertindo no pogo/moshpit/sejaláoquefor, do começo até o fim do show. Na sua maioria eram vegan/vegetarianos. Não existia panela, briga, intriga, discussão de internet nessa proporção que existe hoje. Não! Definitivamente não quero dizer aquela típica frase: “No meu tempo era melhor!”. Creio que meu tempo é hoje, é o que eu participo hoje em dia, é o que eu vivo hoje em dia. Isso é uma simples comparação, ou desabafo mesmo, pra poder mostrar que todos podem melhorar em muitos aspectos.
Hoje em dia no hardcore é muito comum a simples falta de dedicação em alguns pontos. Creio que todos nós vivemos ao redor da música, mas será que a mensagem realmente importa? É triste, mas hoje em dia podemos nos deparar com uma cena onde grande parte das pessoas pouco se importam com alguma causa política, não consideram o vegetarianismo, se focam em comprar os melhores tênis, ter as tatuagens mais fodas, pegar as (os) melhores meninas (os). Será que isso é hardcore, ou seria a vida de um cidadão comum que gosta de música pesada?
Quando tive o primeiro contato com o hardcore o que mais me chamou atenção foi a indignação com o sistema em que somos obrigados a viver, a vontade de mudar o mundo lá fora. O que será que se passa na cabeça das pessoas que não sentiram o que eu senti? Qual é o sentimento, o conteúdo que o hardcore passa pra eles? No momento isso é uma pergunta que não faço a mínima idéia de como responder.
Hardcore está longe de ser só música pesada, visual, tatuagens e dança violenta. Não é, nunca foi e nunca vai ser isso. Acredito que é algo normal você querer se vestir como as pessoas que admira, mas ai tem muito mais conteúdo pra ser aproveitado.
O hardcore tem sofrido uma inversão dos valores que nele existem. Se existe alguém que pode impedir que isso aconteça e que tudo o que foi feito seja perdido SOMOS NÓS. Esse é um estilo de vida contestador, que vive nadando contra a corrente. Não deixe que isso se transforme num meio frustrante, onde nada é importante, não há compromisso e a música gira ao redor do nada. Somos eu, você e todos que lêem esse zine, que vão aos shows que fazemos essa cena. Bote a cabeça pra funcionar.

-------------------------------------

NO VIOLENCE - Todas as Frentes
“O PUNK HARDCORE ME INSPIROU
ME ENSINOU A SER O QUE EU SOU
MAS É NO MÍNIMO ILUSÃO
ACHAR QUE ELE TRARÁ A REVOLUÇÃO

EM TODAS AS FRENTES TEMOS QUE LUTAR
HÁ UM NOVO DIA POR VIR
TRANSCENDER NOSSOS LIMITES
TOCAR COM IDÉIA QUEM QUISER OUVIR

ISSO NÃO QUER DIZER
ABANDONAR O QUE SE FEZ
MAS ACREDITAR QUE AQUI SE TEM
APENAS UMA DAS VÁRIAS FORMAS DE LUTA.”

Editorial


Passado algum tempo assistindo, pensando e repensando em muitas coisas eu me encontrei num momento que senti necessidade de escrever esse zine. Com muita falta de tempo, pouca condição financeira, mas com força de vontade eu consegui finalizar a primeira edição do DAILY WAR ZINE. O nome pode ser interpretado de várias formas. Eu particulamente o escolhi pelo fato de todo dia achar que eu me encontro em uma guerra. Essa guerra começa assim que meu despertador toca, alertando que é mais um dia que eu terei que suportar meu patrão dando ordens, aguentar o pior tipo de gente e ainda por cima ser obrigado a dar razão pra todos eles, mesmo achando que isso é o cúmulo. Fazendo isso todos os dias da semana a gente chega no tão esperado fim de semana, onde você anseia por ter um bom show pra aliviar as tensões, encontrar seus amigos, dar umas risadas e poder, pelo menos por algumas horas, esquecer o mundo que existe lá fora. Nessas poucas horas podemos ser nós mesmos, falar o que pensamos, não precisamos nos corromper e podemos tentar mudar tudo aquilo que nos incomoda ou julgamos errado.
Peço desculpas antecipadamente pelos erros de português, pelos desabafos. Mas a razão pelo qual eu faço isso é algo que existe dentro de mim, que não pode simplesmente dar as costas pra algumas coisas que acontecem.
Minha intenção é que, com esse zine, algumas pessoas reflitam sobre vários assuntos e atitudes que nos cercam diariamente e que muitas vezes o simples fato de nada fazer sobre isso acaba prejudicando o Hardcore/Punk todo.
Hardcore, Straight Edge, Veganismo, serão assuntos frequentes por aqui.
Quero deixar claro que esse zine não foi feito pra agradar a todos e nem vai. O maior erro do ser humano é tentar agradar a todo mundo. O resultado que espero é que as pessoas absorvam as informações de forma positiva, que repassem para seus amigos o que acharem interessante.

Postarei alguns textos nesse blog, mas logo vai sair a primeira edição impressa.
Acho a internet um meio de comunicação muito bom, mas acho também de muita importância manter vivo o zine impresso,

Dúvidas, críticas e sugestões serão sempre bem-vindas:
xathosxjustice@gmail.com